Próximo de 2005 inaugurei minha primeira loja em Florianópolis, focada em assistência técnica de celular, começava um grande desafio, sem recurso financeiro, sem estudo, entrando ainda com uma sociedade, mas o importante eu tinha: honestidade! Sempre ser franco ao cliente e força de vontade para aprender.

Comecei na loja terceirizando serviços com alguns amigos que já trabalhavam no ramo, o tempo foi passando, nada muito fácil, foi desfeita a sociedade por não pensarmos iguais e fui tentando até conseguir aprender a trabalhar, se passaram várias lojas, alguns pontos de comércios muito ruins, várias tentativas que não deram certo, mas mesmo assim não desanimava e sempre sendo justo com os clientes, chegou um dia que eu e minha esposa, que sempre me acompanhava nos altos e baixos da vida, estávamos com uma loja em um dos bairros da cidade que começou a dar certo, mas tínhamos que ajustar algo que ainda estava errado (pois terceirizávamos os serviços) mesmo sendo o mais correto possível com os clientes, estávamos vendo que não estava do jeito que queríamos.

Foi aí então que comentei com minha esposa: “ou eu vou aprender fazer os serviços ou vou vendar a loja”. Ela olhou para mim e falou: “Não tem como você aprender porque a loja só tem eu e você, se você for viajar pra fazer um curso não temos ninguém para correr atrás de clientes e levar para terceirizar”.

Pensei muito como fazer isso, um dia veio uma luz, em um dos fóruns de celular (que era igual a comunidade de aprendizado) conheci um professor que era muito requisitado, falei da minha estrutura e fiz uma proposta, em vez de eu ir à cidade dele estudar, pagaria para ele me ensinar na minha loja, foi aí que as coisas começaram a dar certo, pois ter conhecimento real do que estava fazendo é fundamental. Desde então, não parei mais de estudar sobre assistência, mas um belo dia vi que nesse mercado tudo era muito básico, montagens e desmontagens e quando danificava uma placa lógica, todos os técnicos falavam a mesma linguagem, que era: “_ a placa queimou”, “esse sem solução…”